QUANDO AS MONTANHAS ME CHAMAM VOLTO ÀS ASTÚRIAS
As Astúrias
são um território abençoado pela «orbayu», uma chuvinha suave, tão ténue como
um manto de seda húmida – dizia Luís Sepúlveda com conhecimento de causa. Esta
comunidade autónoma oferece uma biodiversidade e belezas naturais, tornando-as
num dos lugares mais místicos e visitadas da Península Ibérica.
Quando penso nas Astúrias, guardo na memória duas lembranças: A Reconquista cristã da Península Ibérica ou as montanhas dos Picos da Europa.
Lembrar a célebre Batalha de Covadonga, no Século VIII, quando Dom Pelayo primeiro rei das Astúrias e os seus homens, a partir do refúgio de Covadonga deram o primeiro passo para a reconquista cristã na Península Ibérica.
A Virgem Maria tê-lo-à ajudado e hoje visitar a gruta – La Santa Cueva – é tradição para os Asturianos mas também para todos os turistas que ali chegam.
Os espetaculares Picos da Europa - o primeiro Parque Nacional de Espanha criado em 1918 – instalados também na Cantábria e Leão, distribuem-se por três maciços Cornion, Urrieles e Andara com grandes desníveis orográficos que estendem-se paralelamente à costa Cantábrica.
Lembra-te dos três M, para entenderes as Astúrias: Mar, Montanha e Maçã.
As praias mais bonitas e surpreendentes, pela qualidade das suas paisagens, riqueza geológica e botânica, consideradas “Paisagem protegida da costa oriental das Astúrias”.
As imagens que se guardam dos lagos de Covadonga, os percursos pedestres e a vista dos picos das montanhas cobertos de neve. Não faltam grutas, nem ursos, nem as artes caseiras que são mantidas vivas em aldeias situadas nos remotos vales de montanhas.
O queijo mais famoso da região, “Cabrales” que passa quatro a dez meses numa gruta até se transformar num produto de denominação protegida.
A tradicional bebida alcoólica à base de maçã que obedece a um cerimonial quase religioso -ser servida no copo, bem lá no alto, com o braço esticado e acompanhado por uma dose de croquetas de jamón ibérico.
A natureza é a principal razão que nos leva a querer descobrir as Astúrias. Mas a gastronomia também pode fazer-nos regressar.
Num dia, tudo pode acontecer.
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